Pontes Dentárias: Tipos, Para que Servem e Quando Usar
17/01/2020Manchas Brancas nos Dentes: O Que São, Quais as Causas e Como Tratar?
30/05/2020No início do século XVII, Miguel de Cervantes escreve na sua maior criação, Dom Quixote de la Mancha, que “um dente deve ser estimado muito mais que um diamante”. Desde então mais de 400 anos se passaram e, no entanto, esta é uma frase que ainda hoje deve ser tida como válida, merecendo algum do nosso tempo para reflexão.
Os nossos dentes são elementos fundamentais para a nossa vivência no mundo, permitindo entre muitas outras coisas alimentarmo-nos, uma necessidade básica da condição humana, e expressarmo-nos, uma mais-valia na nossa convivência em sociedade.
No entanto, a realidade é que nem sempre pensamos na importância do cuidar e manter a nossa saúde oral, caindo no erro de se menosprezar pequenos problemas que podem ir surgindo e que, a pouco e pouco, vão agravando sem que tenhamos a noção do quanto.
Experiências traumáticas, limitações financeiras, falta de tempo e vergonha são alguns dos motivos que levam as pessoas a distanciar-se do médico dentista, permitindo a decadência do seu estado de saúde oral.
De acordo com os dados divulgados pela Ordem dos Médicos Dentistas (OMD) referentes ao ano transato, 70% dos portugueses têm falta de dentes naturais (não contabilizando os dentes do siso) e destes 35% já perdeu seis ou mais dentes, sendo que 8% são desdentados totais.
A parcela mais alarmante é, no entanto, aquela que afirma que, desta fatia populacional que perdeu dentes naturais, mais de metade não tem qualquer tipo de solução reabilitadora a substituir estas ausências dentárias.
A medicina dentária têm-se revolucionado ao longo dos últimos anos, com o desenvolvimento de técnicas cada vez mais eficazes e capazes de prover-nos, médicos dentistas e profissionais de saúde oral, de ferramentas para a realização de tratamentos mais rápidos, menos agressivos, mais duradouros, indolores e, portanto, melhores para o paciente. A reabilitação oral é uma das áreas que se tem expandido e otimizado ininterruptamente, estando cada vez mais orientada e personalizada para cada paciente de acordo com as suas necessidades e expectativas, visando sempre o seu principio base da recuperação de uma correcta e adequada função mastigatória, fonética e também estética.
Mas recuando um pouco nesta linha de raciocínio e voltando a citar dados estatísticos da OMD, um dos principais fatores que justifica a falta de procura de um médico dentista é a limitação financeira, segundo um terço da população inquirida.
É verdade que uma reabilitação oral, quando extensa, pode, por vezes, traduzir um grande investimento para o paciente que necessita de vários tratamentos. Mas nem sempre tem de ser necessariamente assim ou, por outro lado, podem ser presumidos planos de procedimentos de forma errada. Ora vejamos.
Tomemos, como exemplo, um caso de um desdentado total que quer ter dentes fixos e põe como hipótese recorrer a implantes para atingir esse fim. A falta de conhecimento específico das técnicas da área podem, frequentemente, levar ao erro de se sobrestimar a quantidade de tratamentos necessários, neste caso implantes, e por conseguinte deduzir um orçamento exagerado.
Ainda assim, é sempre necessário, de facto, algum investimento para a substituição ou recuperação de dentes perdidos ou degradados e restabelecimento de um estado de saúde oral e de uma correta função mastigatória.
Esse investimento requer, muitas vezes, um certo esforço financeiro por parte do paciente mas que é contudo, num grande número de casos, desviado para outras “prioridades” que surgem.
Os nossos dentes são parte do nosso organismo, e pela lógica, tanto devemos ter em atenção um problema na boca como um problema no estômago, por exemplo. Até se pode arriscar dizer que deveria até existir um maior cuidado no primeiro caso, uma vez que é na boca que se inicia todo o processo digestivo, havendo, inclusive, situações de desenvolvimento de problemas gástricos que derivam de um mau estado de saude oral ou de uma má capacidade mastigatória.
Além da porta de entrada fisiológica que a nossa cavidade oral representa, ela é também responsável por um dos 5 sentidos do corpo humano: o paladar. Quando em saúde não só é mais adequada a nossa mastigação mas também o nosso paladar e sentido de degustação são mais fieis e apurados.
Do ponto de vista psico-social também a nossa boca detém um importante papel no que diz respeito à nossa estabilidade e identidade psicológicas bem como nas relações inter-pessoais. Todo o sistema oral que inclui os dentes a língua e toda a musculatura em redor, permite-nos não só a comunicação com os nossos pares pelo nosso discurso e articulação de palavras, a expressão e transmissão de emoções através de sorrisos e de beijos, mas também influencia, e de forma significativa, a nossa auto-estima e auto-confiança.
Mas ainda que a maior parte do acima escrito já seja de conhecimento geral, continua a existir alguma relutância na procura de formas para restaurar a saúde oral e recuperar a correta função e estética que foram perdidas ao longo dos anos. E, apesar de já no início deste artigo terem sido abordados alguns dos fatores responsáveis, aquele que não deverá ser justificação é a desinformação acerca do multifacetado leque de soluções que a área da reabilitação oral e outras nos oferecem. Porque reabilitar vai muito para além de colocar uma coroa ou um implante.
Num mundo cada vez mais digital, qualquer pergunta que se irrompa, acerca de qualquer assunto, tem dezenas de respostas à distância de um click. Isto é verdade tanto quando pesquisamos por sintomas de uma gripe que se instalou como quando procuramos ideias para jantar. E também no que diz respeito à reabilitação oral, existem no mundo virtual uma imensidão de textos e artigos que se dedicam ao tema, expondo e explicando várias soluções e vias de colmatar uma falha ou lidar com os mais variados tipos de problemas. De facto existe tanta informação que por vezes a dificuldade surge na altura de selecionar o que é de facto viável ou fidedigno e aquilo que poderá ser apenas uma manobra comercial para promoção de determinado tratamento.
Por forma a esclarecer e compilar muitas das ideias dispersas no ciberespaço, seguem alguns parágrafos referentes às várias formas de reabilitação oral cujo sucesso, nos dias de hoje, já foi mais que comprovado, podendo ser qualquer uma delas ponderada para qualquer paciente. É importante realçar, no entanto, que cada um destes tópicos incorporam muitas variáveis, sendo que cada um deles a ser revisto a fundo teria muito mais informação do que aquela que será aqui retratada.
Reabilitação Oral com Implantes Dentários
A intensa investigação e desenvolvimento destas peças em titânio, e mais recentemente, em cerâmica têm vindo a tornar a reabilitação com implantes o tratamento de primeira linha, quer para médicos quer para pacientes, dada a sua elevada previsibilidade, taxa de sucesso e capacidade de satisfazer cada vez mais as necessidades estéticas e funcionais.
Este tipo de restituição dentária consiste, regra geral, num tratamento realizado em duas fases sendo a primeira cirúrgica, para colocação do implante propriamente dito no osso da zona desdentada. O implante funcionará então como raíz do futuro dente protético. Numa segunda fase, após alguns meses de cicatrização e união do implante ao osso, tempo designado por período de osteointegração, é feita uma impressão ou molde ao implante e pedido a um laboratório a confecção de uma coroa que será suportada pelo pilar de titânio. E assim, apenas em três consultas, espaçadas no tempo, é possível recuperar um dente perdido, de forma eficaz.
Mas não só os implantes são planeados para situações unitárias, como também para reabilitações totais, sendo hoje possível, e de forma relativamente rápida e simples, a colocação de dentes fixos ou semi-fixos num paciente desdentado total.
Próteses Fixas Implantossuportadas
Este tipo de próteses consiste na colocação da totalidade dos dentes superiores e/ou inferiores, de forma fixa, utilizando apenas alguns implantes como pilares de sustentação, distribuídos, de forma equilibrada, pelos maxilares. Um dos mais conhecidos tipos de reabilitação deste género consiste no chamado conceito de All-on-four, onde através de quatro implantes, estrategicamente posicionados, é possível a colocação de uma ponte fixa implantossuportada que restabeleça todos os dentes perdidos da arcada.
Nesta alta gama de reabilitações totais ou completas de um ou ambos os maxilares o investimento financeiro é, por norma, significativo. Ainda assim, poderá existir alguma variação dependendo, por exemplo, do número de implantes colocados e dos materiais utilizados na prótese que irá substituir os dentes naturais ausentes.
Próteses Removíveis Implantossuportadas
São as chamadas próteses semi-fixas e constituem um bom meio termo quando é necessário fazer algum balanço do custo versus benefício. Este tipo de próteses é semelhante à prótese removível convencional em termos de aparência, contudo constituem soluções bastante mais estáveis uma vez que se encontram retidas em posição graças à sua conexão com implantes. Este acoplamento faz-se através de pequenas peças integradas tanto na prótese como nos implantes que se conectam, à semelhança de um colchete de vestido. Este tipo de reabilitação é feito com recurso a dois ou quatro implantes por arcada.
Próteses Removíveis Convencionais
As famosas dentaduras continuam, apesar das novas tendência, a ser um tratamento viável para a reabilitação de dentes perdidos, nos dias de hoje. Apesar de se encontrarem posicionadas cada vez mais para trás no ranking das opções de tratamento ideal, ainda existem muitos casos onde elas são confeccionadas e utilizadas por longos períodos pelos pacientes, satisfazendo os seus requisitos funcionais.
Próteses Fixas Convencionais
As próteses ou pontes fixas têm indicações cada vez mais específicas, em virtude da medicina dentária minimamente invasiva que atualmente se pratica. O desgaste de dentes saudáveis subjacente a colocação de um dente fixo para substituir uma ausência dentária tem vindo a ser a principal razão para os médicos dentistas deixarem cada vez mais esta opção de lado quando se fala em reabilitação. Ainda assim, em determinados casos concretos, onde existe uma pequena área desdentada e os dentes que a limitam se encontram pesadamente restaurados ou com tratamento endodôntico, as pontes fixas como meio de substituição estas ausências e de reforço dos pilares em redor é uma muito boa opção reabilitadora.
De uma forma muito simplificada, estas são, então, as grande vias para a reabilitação de dentes ausentes. Contudo, nem sempre a reabilitação é sinónimo de compensação de ausências dentárias. O conceito de reabilitação oral é plurissignificativo e portanto adquire os mais diversos perfis, sendo a expressão em si alvo das mais variadas definições. De forma informal, há quem se refira à reabilitação oral como o conjunto de vários procedimentos biomédicos que visem a restauração complexa de dentes ou arcadas dentárias.
Por outro o dicionário médico de Oxford assume a reabilitação como a forma de restaurar a uma pessoa com alguma deficiência, falha ou problema, algum grau de vida normal. De forma mais incisiva, um dos grandes jornais de referência da medicina dentária define a reabilitação oral como o tratamento de pacientes doentes, com lesões ou deficiências objectivando o restauro da saúde e função normais ou pelo a não evolução desses problemas.
No fundo, a reabilitação oral envolve muito mais que devolver dentes. Reabilitar é devolver saúde e função, é devolver o sorriso. Reabilitar é devolver a vontade de sorrir.
Reabilitação Oral Estética com Facetas
No seguimento do escrito acima, os procedimentos da dentisteria estética são por si também eles muitas vezes reabilitadores.
Não são poucos os casos de pessoas a quem não falta nenhum, ou quase nenhum, dente e, ainda assim há vergonha e contrangimento no que toca ao seu sorriso. Mas não existe razão para mantê-lo escondido, pois há também variadas formas de reabilitar esteticamente.
FACETAS DENTÁRIAS: Desde os já há muito passados anos 30 que o Hollywood Smile tem vindo a ganhar seguidores de forma crescente. As facetas dentárias, que constituem a alma deste negócio, são atualmente um dos tratamentos mais procurados na medicina dentária como forma de reformar, de forma completa, o sorriso.
Facetas Cerâmicas
As facetas cerâmicas consistem em finas capas que aderem e revestem a superfície externa visível dos dentes, permitindo a modificação da cor, da forma, da posição, entre outros aspetos. Com elas é possível desenhar todo o novo sorriso, cumprindo os requisitos e exigências estéticas do paciente.
E apesar do que se possa imaginar, quando realizado por um profissional experiente e com um bom planeamento prévio, este tipo de reabilitação não é assim tão complexo de executar. Em muitos dos casos, é possível fazer-se este tipo de tratamentos em apenas duas consultas. Na primeira, é realizada a preparação dos dentes a receber as facetas, feitas as impressões e colocadas as restaurações provisórias. Numa segunda consulta, após serem confeccionadas, em laboratório, estas peças cerâmicas, é feita a prova das facetas, sendo que, caso satisfaçam o paciente e o médico e, existindo condições clínicas para tal, poderão ser logo cimentadas, isto é, aderidas de forma definitiva.
Apesar dos vários tipos de cerâmica que podem ser utilizados na confecção destes trabalhos, todos têm em comum uma óptima estabilidade de cor e uma alta resistência mecânica. Por essa razão, a elevada durabilidade das facetas traz implícita a necessidade de algum investimento financeiro, principalmente quando falamos em reabilitar todos os dentes visíveis no sorriso.
Apesar de ser considerada a melhor opção a longo prazo, esta não é a única forma de transformar os dentes anteriores.
Facetas em Resina Composta
Este tipo de restaurações diretas dispensam a fase laboratorial e constituem uma óptima alternativa ao tratamento anterior. Apesar de não possuirem as características óticas e mecânicas da cerâmica, a resina composta permite ao médico dentista a recriação de uma anatomia e melhoria estética dos dentes da frente, de forma direta, numa única consulta. Disponíveis em várias colorações e níveis de translucidez, as facetas em resina permitem um resultado estético muito natural.
Comparativamente com as facetas em cerâmica, estas são, então, uma opção bastante mais em conta, no entanto, requerem uma manutenção mais apertada e alguns cuidados adicionais. Concretamente, as facetas em resina requerem polimentos periódicos, pois pigmentam com mais facilidade e, além disso, alguns hábitos como comer maçãs à dentada ou trincar pão com os dentes da frente devem ser tidos com cautela.
Ortodontia na Reabilitação Oral
Apesar de ser, só por si, uma das especialidades em medicina dentária mais do que uma vertente de reabilitação, a verdade é que a Ortodontia também é capaz de restabelecer um novo sorriso, sendo inclusive facto que a maior parte das pessoas que procuram tratamento ortodôntico procuram uma forma de melhorar a sua aparência, confiança e euro-estima.
O foco da ortodontia baseia-se na tanto na prevenção como na correção da relação e posição dos dentes e maxilares, visando a boa função mastigatória, muscular e de articulação dos maxilares beneficiando a saúde e bem-estar geral. O correto alinhamento dos dentes não só promove a melhoria da estética do sorriso como também propicia uma melhor higiene oral com consequente diminuição do risco de cáries e problemas gengivais.
E se por um lado, havia quem não ponderasse este tipo de tratamentos por não querer adotar o juvenil “sorriso metálico”, hoje em dia, existe já uma variada gama de aparelhos dentários que permitem contornar este aspeto.
Ortodontia Estética
A bem conhecida marca Invisalign, uma das mais procuradas pela população adulta, veio através dos seus alinhadores transparentes alargar a faixa etária dos pacientes que pretendem corrigir os seus dentes. Além de proporcionar um tratamento praticamente imperceptível, a previsibilidade e celeridade do processo tem vindo a conquistar cada vez mais candidatos e profissionais de saúde oral para este tipo de abordagem ortodôntica.
Claro que é impossível abordar, de forma detalhada e minunciosa, a complexa e vasta área da reabilitação oral não sendo por isso também esse o objetivo deste artigo. Pretende-se apenas dar a conhecer, de forma simplificada e compendiada, várias soluções para alguns dos maiores problemas que, atualmente, assolam os portugueses. Com este artigo e, reforçando a ideia de que cada parágrafo escrito teria muito mais para ser dito, intenciona-se a passagem de conhecimento geral acerca das várias abordagens reabilitadoras, descomplexificar e esclarecer alguns conceitos, validando ou revogando algumas ideias pré-concebidas.
Atualmente a medicina dentária está provida de técnicas e evidência cientifica que permitem desenhar um plano de tratamento individualizado e adequado a cada pessoa, não implicando que determinado problema ou restrição se resolva sempre da mesma forma. E em muitos casos existe mais do que uma alternativa para solucionar uma ausência dentária, um dente mais escuro, um mau alinhamento do sorriso…
Planeamento e sucesso na reabilitação
Independentemente da variada gama de tratamentos que nos dias de hoje é possível executar, o sucesso de qualquer reabilitação está intimamente relacionado com o bom planeamento do caso, que inclui não só uma boa avaliação e diagnóstico em termos de saúde oral e geral do paciente, mas requer também uma certa atenção às suas expectativas, receios e limitações.
Por essa razão, e apesar de se viver e trabalhar cada vez mais em contra-relógio, é essencial uma consulta apenas e só para se conhecer e ouvir o paciente e conseguir, a partir daí, estabelecer, em conjunto, um plano adequado e que satisfaça as necessidades e exigências daquela pessoa particular.
E se achava que, no seu caso, não valia a pena, espero que este texto tenha mudado esse pressuposto. Invista no seu sorriso, na sua saúde, na sua auto-estima e confiança. Vá de encontro ao médico dentista e volte a sorrir… Porque a reabilitação oral é, e deverá continuar a ser, para todos!
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